Resenha - As crônicas de Oldar - Durilim: O filho do dragão, Rondinelli Fortalesa

     Herlana e Gurtum encontram Trumo, um dragão, ferido na floresta. Junto dele está um estranho ovo lilás que poderia ser de dragão, mas esses animais, até onde se tinha conhecimento, não podiam se reproduzir. Depois da Grande Guerra da Traição, os dragões foram libertados e desde então conviveram pacificamente com todos os povos, mas se o número desses seres aumentasse muito as consequências seriam desastrosas.

     Pensando nisso, um conselho com os reis das três nações amigas de Eddamael seria reunido para decidir o futuro daquele ovo. Herlana também pede ajuda à Ádalo, que revela apenas que o está no ovo pode vir a ser um grande aliado ou inimigo. O que eles não imaginaram é que tudo poderia ser o começo de algo maior e mais maligno, com a possibilidade de uma nova guerra, dessa vez do povo contra criaturas que estavam há muito esquecidas.

* Livro lido através do booktour organizado pelo autor.



     Depois de um bom tempo sem ler fantasias, fiquei bem empolgada com a oportunidade de ler Durilim: O Filho do dragão, que é o primeiro livro da série Crônicas de Oldar. Com uma temática bem fantasiosa, Rondinelli Fortalesa criou todo um universo que tem elementos que lembram uma época medieval, misturados com dragões, sacerdotisas com poderes extraordinários e pessoas com algumas características bem diferentes.

     O livro tem um número bem grande de personagens, sem um grande aprofundamento sobre as personalidades e os sentimentos de cada uma, isso me incomodou um pouco durante a leitura, pois demorei a diferenciar um do outro. Algumas vezes ficava perdida sobre quem era quem e acabava pensando é um de tal grupo e aquele é do outro. Como é uma saga, imagino que isso vá melhorar nos próximos livros e que aos poucos o leitor irá conhecendo bem todas as personagens.

     Durilim, o protagonista, foi muito bem desenvolvido, ele teve algumas ações bem viajadas para a idade, é uma criança, mas como tem muito mais força e poderes do que todos, isso não incomodou. Herlana é uma sacerdotisa que vive em favor do reino, ela e Gurtum, que é um guerreiro, encontram o ovo e ficam responsáveis por vários acontecimentos importantes no decorrer da história. Herlana é uma personagem cheia de mistérios e que se comunica diretamente com Ádalo, que é o deus do povo de Oldar. A forma dela de agir e seus poderes chamaram minha atenção e a transformaram em uma das minhas personagens preferidas do livro.

      A Guerra da Traição é citada muitas vezes e esse foi outro ponto que poderia ser mais explicado, talvez com um spin-off da saga... O que aconteceu nessa guerra gerou consequências nesse primeiro livro, então eu, e imagino que vários outros leitores, gostaria de saber mais sobre como e porque ela aconteceu.

     A narração é toda em terceira pessoa, acompanhando várias personagens, como é comum nesse gênero. Encontrei uma quantidade considerável de errinhos de revisão, o que me incomodou um pouco durante a leitura, mas imagino que isso mude em uma próxima edição. Não posso reclamar da diagramação, pois o livro tem páginas amareladas e uma fonte bem confortável para a leitura, além de um glossário com termos usados na história, um mapa e uma lista das gerações de personagens. A capa é muito bonita com o dragão em destaque e uma paisagem ao fundo.

     Enfim, indico o livro para quem é fã de fantasias, mas não para quem se irrita com as pontas soltas que muitas vezes são deixadas em inícios de sagas. Para finalizar, vou deixar o booktrailer, confiram!