Resenha - Azul da cor do mar, Marina Carvalho

  

     Rafaela Vilas boas está realizando um de seus maiores sonhos ao conseguir um estágio no jornal Folha de Minas, um dos maiores do estado. Tudo parece perfeito, inclusive um certo colega do editorial de esportes, mas ela descobre que vai virar praticamente uma sombra do jornalista mais grosso que já encontrou, ainda que lindo, o Bernardo.

     Nem tudo pode ser tão comum na vida de Rafa, ela guarda uma certa obsessão por um garoto desde o início da adolescência, quando o viu em uma praia . Apesar de nunca ter falado com o garoto da mochila xadrez, apelido que ela deu, isso não a impediu de criar mil possibilidades para um possível encontro. Pode parecer loucura, mas isso acabou impedindo Rafaela de se envolver de verdade com alguém, até agora...

     No meio de muitas confusões, que só uma garota desastrada com a Rafa conseguiria se meter, de reportagens arriscadas  e outras que ela nunca sonharia a participar, até Bernardo terá que admitir que ela é realmente uma boa jornalista e que os dois formam uma ótima dupla. Mas há como esquecer o misterioso garoto da mochila xadrez?



     Demorei demais para criar coragem para ler Azul da cor do mar, mas não estou nem um pouco arrependida de finalmente ler a história da super desastrada Rafa. O romance é bem divertido e, no geral, um tanto quanto previsível, mas eu já esperava por isso e a leitura foi tão leve e rápida quanto Simplesmente Ana, mas a trama não tem nada parecido com o primeiro livro que li da Marina.

     A Rafa é muito desastrada e isso criou situações engraçadas várias vezes durante a leitura, mas se tem uma coisa que me irritou nela foi a fixação por um garoto que ela não sabe nem o nome. Tudo bem, é super romântico, mas eu não consigo me imaginar fazendo o que ela fez durante anos... De qualquer forma, gostei da forma como ela lutava para ter a carreira que sempre sonhou e isso me fez simpatizar com ela kkk

     Não há bem um triângulo amoroso no livro, mas chega perto, não vou escrever mais para não estragar. Os dois rapazes são opostos, enquanto o Marcelo é todo simpático e vai tentando conquistar aos poucos a Rafa, o Bernardo já entra no livro como se ter que trabalhar com ela fosse a pior coisa do mundo, algumas vezes achei ele muito grosso mesmo. Também gostei dos personagens secundários, até gostaria de saber mais sobre as amigas e os irmãos da Rafaela.

     Como a Rafa é estagiária em um jornal e boa parte da história se passa dentro da redação eu amei o trabalho que a Marina teve sobre os casos que o jornal acompanhava e também sobre a própria atmosfera. No começo de cada capítulo há uma pequena "dica" sobre como ser um bom jornalista e isso também ajudou a me envolver com o universo. A edição é muito bonita, com desenhos diferentes no começo de cada capítulo e alguns pequenininhos separando situações diferentes dentro do mesmo.

     Azul da cor do mar é uma ótima pedida para todos que gostam de chick-lits, a Marina está na minha lista de escritoras nacionais preferidas e estou louca para ler De repente, Ana!