Sonhando com Filmes - Penelope

     Diretor: Mark Palanski
     Duração: 1h41min
     Ano de lançamento: 2006

     A família Wilhern foi amaldiçoada, a primeira menina que nascesse teria a aparência de um porco até o dia em que alguém declarasse seu amor por ela. Aí que entra Penelope, escondida pelos pais, especialmente pela mãe, desde seu nascimento a moça mal conhece a cidade onde mora. A mãe dela contratou uma empresa para encontrar pretendentes ideais para a filha.

     Enquanto os possíveis noivos só conversam com Penelope tudo está bem, mas o problema é quando a moça mostra seu rosto, ninguém teve coragem de aceitar a proposta depois disso. Enquanto uma sucessão de pretendentes fogem da casa, um jornalista tenta conseguir um furo jornalístico e para isso tem a ideia de contratar um jovem para fingir ser um possível noivo.

     Max está afundado em dívidas de jogo e aceita a proposta do estranho jornalista sem pensar duas vezes, o que ele não esperava era encontrar uma moça que parece ser tão encantadora. No meio disso tudo, Penelope decide finalmente sair de casa, ela se enrola em um longo cachecol e vai para rua, deixando a mãe, desesperada, em casa.

Simplesmente encantador.

     Eu já contei o quanto gosto de adaptações modernas dos contos de fada? Pois é, amo filmes e os poucos livros que li que conseguiram fazer uma boa adaptação das história que me encantam, especialmente das princesas e não fiquei nem um pouco decepcionada com Penelope. Provavelmente já deu para perceber que a história é baseada em A Bela e a Fera, mas eles colocaram a mocinha amaldiçoada, o que deu um toque todo especial.

     O enredo se passa na Inglaterra, eu acho, mas não consegui definir a época, é para ser moderno, ainda que as roupas sejam um pouco diferentes do comum. A Penelope é uma mocinha perfeita, ela gosta de ler, mas não quer mais ficar sozinha, ela tem muita vontade de conhecer a idade onde mora e, assim que surge a oportunidade, sai sem medo de que alguém descubra sua aparência.

No começo achei que o Max seria insuportável, apesar do vício em jogos, na verdade ele é uma boa pessoa e Penelope ajuda ele a ver o que realmente gosta de fazer. A mãe da Penelope me irritou bastante, eu entendo a proteção que ela queria para a filha, mas algumas vezes pareceu também que ela não queria que o resto da nobreza descobrisse que a filha dela não era tão boita quanto ela própria.

     Além do romance, o filme traz uma lição sobre liberdade e realização de sonhos, por parte dos dois personagens principais, também há a parte da auto-estima e da valorização das pessoa independentemente de sua aparência.

     Não existem grandes efeitos especiais, ou uma trilha sonora que chamem muita atenção, mas o filme é realmente uma graça, tanto pelos personagens quanto pela história, indico para todas as idades, especialmente para pessoas que gostam desse estilo de adaptação. O filme foi baseado em um livro, que eu ainda não li, Penelope, de Marilyn Kaye, lançado no Brasil pelo Grupo record. Espero que tenham gostado, vou deixar o trailer do filme aqui: