Sonhando com Filmes - O Doador de Memórias

     Diretor: Phillip Noyce
     Duração: 1h37min
     Ano de lançamento: 2014

     Depois de guerras, a solução encontrada para a vida em sociedade foi a criação de pequenas comunidades. Para que todos vivam pacificamente e não questionem o sistema, a população toma injeções todas as manhãs, que impedem que sintam qualquer tipo de emoção, além disso, todas as memórias de como era o mundo antes das comunidades são guardadas por uma única pessoa, que ajudam os governantes em caso de necessidade.

     Nessa sociedade, os jovens são designados para diferentes funções em uma cerimônia. Jonas é escolhido para ser o receptor de memórias, anos depois de uma garota ter desistido de aprender a função. O treinamento é muito difícil e, conforme ele descobre como tudo era antes, começará a questionar o sistema em que sempre viveu.

     Estava bastante ansiosa pelo lançamento desse filme e não me decepcionei nem um pouco com a distopia, que conseguiu misturar um toque de romance na história. O plano de fundo é o mesmo da maioria dos livros e adaptações do estilo, um governo bastante repressor e uma pessoa que por algum motivo começa a questioná-lo, mas a partir dessa base várias coisas foram adicionadas.


     Os personagens secundários foram muito importantes na trama, entre eles a melhor amiga de jonas, Fiona, por quem ele acaba se apaixonando, mesmo que os sentimentos não devessem existir. Outro personagem que prendeu minha atenção durante o filme foi o bebê Gabriel, a quem Jonas acaba se apegando muito e que é mais um dos motivos que fizeram ele questionar a forma como as pessoas ficam sem conhecer o mundo de verdade. Esses dois personagens tiveram bastante destaque no filme, mas também houve outros, como Asher, amigo de Jonas, e seus pais,

     O doador de memória é o mentor de Jonas, ele que repassa todas as memórias do mundo antes das comunidades e é ele que ensina Jonas sobre os sentimentos e tudo o que não existe mais na forma como eles vivem, dos livros à música. O doador é um personagem muito importante durante todo o filme, ele ficou bastante convincente e de certa forma fiquei com dó pelo peso que ele carrega, de ser o único a conhecer a verdade e sobre como ele sente falta da antiga receptora de memórias.

      Me emocionei em alguns momentos e torci pelos personagens, cada um tinha um motivo para tentar mudar a situação em que viviam. O roteiro foi muito bem construído, deixando brechas para uma continuação, incluindo um final muito bom, que me fez criar mil alternativas sobre o que pode acontecer, mas , mesmo que provavelmente tudo o que imaginei esteja errado...

     Vou parar por aqui, tive bastante dificuldade para escrever sobre esse filme sem deixar nenhum spoiler, por isso o post demorou para sair, mas espero que tenha ficado bom. Vale lembrar que o filme foi inspirado em um livro com o mesmo título, da autora Lois Lowry, ainda não li mas pretendo comprar o primeiro livro logo, aqui no Brasil ele foi relançado pela editora Arqueiro praticamente junto com o filme.

     Indico a história para todos que gostam de distopias, mas também para aqueles que procuram por uma mistura que deu certo de aventura e romance. Acho que também é uma boa indicação para os que gostam de pensar um pouquinho sobre a história do filme, pensem só como seria viver em uma sociedade como essa, eu sinceramente não sei o que faria... Fiquem com o trailer: