Resenha - Meu conto não é de fadas, Bárbara Stefane

     Keylli D'Waise tinha tudo o que uma garota podia sonhar, até que seu pai, que era sócio de uma grande empresa, morre e deixa a família sem muitas opções para o futuro. A moça de 21 anos começa a trabalhar na antiga empresa do pai, mas sua função é tão humilhante que Keylli resolve tentar a sorte se mudando para uma cidade maior, onde teria mais oportunidades. Chegando lá ela consegue emprego em uma casa de família, com direito a uma garota que só quer incomodar, mas também fica amida de Letícia e conhece Ramon, que pode se tornar mais que um amigo.

     Na mesma cidade, Edu é um playboy que só quer curtir o melhor que a vida pode lhe oferecer, dependendo completamente do dinheiro do pai, ele se assusta quando fica sabendo que pode ser tirado do testamento. A única opção para que isso não aconteça é se ele arrumar uma namorada e ficar com ela durante um ano, só que nenhuma garota aceita, sabendo de sua fama. Por isso uma anúncio é feito, procurando uma namorada por contrato, é assim que Edu acaba conhecendo Keylli.



     No começo a sinopse lembrou, ao menos para mim, o livro Procura-se um marido, da Carina Rissi, mas as semelhanças param no anúncio procurando por uma namorada por um ano. Os protagonistas foram bem descritos e apesar de eu ter achado o Edu um tanto clichê, não teve como não gostar das mudanças dele no decorrer da história, a evolução do personagem é bem clara.

     Já a Keylli consegue ser delicada e ao mesmo tempo forte, mesmo sendo bem nova ela tem muita preocupação com a família, mas também se apaixona. Mesmo assim ela não é aquele tipo de protagonista perfeitinha demais, pois se irrita bastante com algumas atitudes do Edu e discute com o personagem, algumas vezes perdendo o controle de situações que poderiam ser resolvidas com conversa.
   
     Também conhecemos a Malu, filha da dona da casa onde Keylli trabalha, a garota é a antagonista, ela tenta de tudo para atrapalha a vida da mocinha, mesmo sem ter muitos motivos para isso. No começo achei que tinha entendido o porquê de tanta inveja, mas depois achei que a garota simplesmente devia se tocar, ela não cansava de atrapalhar tudo, mesmo sem motivo.

     O livro todo é narrado em terceira pessoa, com o (ou seria a?) narrador dialogando com os leitores. Achei esse toque que a Bárbara colocou bem interessante, além de ser uma diferencial, pois conheço poucos livros que usam esse tipo de narração. A história em si é um romance muito fofo, sobre as mudanças que o amor faz com uma pessoa e sobre a família. Um triângulo amoroso é formado logo no começo da história, mas a Keylli não fica de mimimi, quando a decisão precisa ser feita ela vai em frente.

     Outra coisa interessante foi a opção que a autora deixou para o final da história, há dois finais possíveis, deixando para cada leitor escolher o seu, eu li os dois e gostei mais do primeiro, mas isso é só minha opinião... Como li em formato de ebook não posso falar muita coisa sobre a revisão, só encontrei uns poucos errinhos de português. Enfim, recomendo a leitura para todos que estão procurando um romance bonitinho, perfeito para um final de semana ou para uma viagem de férias.

     Agradeço à autora pela oportunidade de parceria e por ter aguentado essa leitora ansiosa para conhecer a história de Meu conto não é de fadas, Bárbara, você é muito querida :)